Foto: Reprodução
O inquérito policial sobre o assassinato da vereadora Elisane Rodrigues dos Santos (PT), 49 anos, foi concluído e encaminhado à Justiça na manhã desta quarta-feira (9). Em coletiva de imprensa na Delegacia de Polícia de Formigueiro, o delegado Antônio Firmino de Freitas Neto confirmou que o crime foi encomendado por uma facção criminosa ligada ao tráfico de drogas. O autor do homicídio e o mandante já foram identificados. Apenas o suspeito de executar o crime, um jovem de 18 anos, está preso.
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— Já temos o autor confesso, que está preso preventivamente, e o mandante do crime. Assim que a Justiça expedir o mandado, a prisão do mandante será cumprida — afirmou o delegado.
Segundo Firmino, a ordem para matar a vereadora teria partido de um integrante da facção. A investigação aponta que o crime tem ligação direta com o tráfico de drogas ilícitas, envolvendo tanto a vítima quanto o filho dela e os suspeitos presos.
O delegado disse ainda que as investigações revelaram movimentações financeiras elevadas nas contas de Elisane, incompatíveis com a renda dela como vereadora. O próprio filho da vítima, ouvido no inquérito, relatou que a mãe teria ligação com o tráfico de drogas.
— Desde o início, sabíamos a autoria. Em respeito à família, começamos a ouvi-los dois dias depois. Fizemos uma operação em Restinga Sêca e, com os desdobramentos, descobrimos de onde partiu a ordem para matar a vereadora — detalhou.
A parlamentar que possuía dois aparelhos celulares, teve um deles extraviado da cena do crime. Mas a análise de dados cibernéticos e telefônicos dos indiciados já permitiu o pedido de prisão preventiva do mandante.
Agora, um segundo inquérito, para investigar a relação com o tráfico de drogas, poderá ser aberto pela polícia.
— O inquérito da morte da vereadora será entregue hoje, mas pode haver novos desdobramentos. Vou desmembrá-lo para dar continuidade às investigações sobre o tráfico de drogas. A partir das análises cibernéticas e bancárias, podemos identificar outros envolvidos e pedir mais prisões — acrescentou Firmino.